quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Cadeias Montanhosas Intracontinentais

Este tipo de cadeias montanhosas aparece na superfície da litosfera continental, quando esta fica sujeita a esforços compressivos. Podem aparecer sob a forma de cadeias autónomas no seio de uma plataforma, correspondendo, por exemplo, um caso de um simples arqueamento dessa plataforma. A maioria das cadeias incluídas nesta categoria situa-se ao nível de um acidente tectónico preexistente que represente uma zona perticular de fragilidade, como falhas, zonas transformantes ou fossas de afundimento.

Como se formaram os Pirineus?

Os Pirinéus são um dos exemplos de cadeias montanhosas intracontinenais face á persistência de regimes compressivos resultante da colisão de placas tectónicas. Esta cadeia tem cerca de 400 km de comprimento e 50 km a 100 km de largura, e estabelecendo a fronteira entre a Península Ibérica e o resto da Europa.
  • Começou com um movimento de Rifting, (abertura do golfo da Biscaía), com uma rotura continental e o afastamento entre a Península Ibérica e a França. 
  • De seguida hou-se um movimento de rotação, que permitiu a divergencia entre a Península Ibérica e a França.
  • E finalmente a colisão, com o dobramento pirenaico devido á convergência entre a Peninsula Ibérica e a Europa.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ciclo de Wilson

O ciclo de Wilson é um ciclo de formação, desenvolvimento e fechamento de um oceano. Este ciclo está relacionado com a teoria da tectónica de placas e com a formação de cordilheiras - resumindo tudo o que sucede nos limites construtivos e destrutivos da litosfera.

Assim, primeiramente o continente fragmenta-se por acção de pontos quentes (Hotspots), que elevam e adelgaçam a crusta até esta sofrer ruptura, originando um rift continental (como o rift africano). De seguida, na área de ruptura começa a formar-se crusta oceânica (limite construtivo) que separa os fragmentos continentais. Se o processo continua o rift é invadido por mar e vai-se transformando numa Dorsal Oceânica. Os continentes ficam assim separados por uma pequena bacia oceânica (como o Mar Vermelho). O processo continua e os continentes separam-se progressivamente. Entre eles aparece uma bacia oceânica ampla com uma dorsal bem desenvolvida (como o Oceano Atlântico). Quando a bacia oceânica alcança um certo tamanho e é suficientemente antiga, as margens de contacto com os fragmentos continentais, mais frios e densos, começam a ‘mergulhar’ (processo de Subducção) sob os continentes, formando-se um limite destrutivo. Nesta área forma-se uma Cadeia Montanhosa (como os Andes). De seguida, a bacia oceânica vai-se estreitando (como o Mar Mediterrâneo). Ao desaparecer a bacia oceânica, as duas massas continentais chocam (processo de Obducção) e origina-se um continente único (supercontinente Pangea). Sobre a sutura que fecha o oceano forma-se uma cordilheira (como os Himalayas). Este processo ocorreu várias vezes ao longo da história da Terra e tem uma duração de aproximadamente 250 milhões de anos.


Imagem retirada de: 4esoiesvilladevallecas10-11.blogspot.com

Atualmente encontramo-nos na orogenia denominada "alpina", que terminará como foi em cima dito com a formação de um supercontinente. 

E vocês? Gostariam de presenciar o momento em que se vai formar novamente um supercontinente? 


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Riftes Continentais

Existe um processo que permite compensar a destruição da litosfera oceânica que ocorre nas zonas de subducção. Este processo consiste na abertura de riftes continentais (rifting).

Sob o efeito de uma distensão (estiramento) brutal da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes.

Se os esforços distensivos continuarem e o estiramento se prolongar, a crusta continental fica cada vez mais fina, sendo injectada com materiais básicos com proveniência no manto superior, agora mais próximo da superfície, formando-se um tipo de crusta oceânica que vai progressivamente substituir a crusta continental.

Nestes locais, origina-se um bloco central, denominando-se fossa tectónica, limitado por estas falhas normais, que abate quando se verifica a divergência entre placas litosféricas.

Imagem retirada de: http://academic.emporia.edu/

Se o processo distensivo continuar a actuar, a fissura crustal alarga-se, originando um golfo oceânico, o que implica acreção oceânica, formando-se, uma dorsal oceânica.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dorsais oceânicas


As dorsais oceânicas são grandes cadeias montanhosas submersas no oceano originadas pelo afastamento das placas tectónicas (movimentos divergentes), que se deve ás correntes de convecção do magma e são marcadas por forte intensidade sísmica e vulcânica. Ao contrário das cadeias continentais, a dorsal atlântica é isenta de deformações e composta por basaltos, que são o foco da expansão do assoalho oceânico. A sua área é tão grande, que se não estivesse abaixo do nível do mar, seria um dos maiores fenómenos naturais vistos do espaço.

Morfologia das dorsais meso-oceânicas
Imagem retirada de: notapositiva.com

Aqui temos um exemplo da dorsal meso-oceânica (também designada por dorsal meso-atlântica) entre a America do Sul (esquerda) e África (direita)
Imagem retirada de: http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/

A dorsal meso-atlântica faz parte do sistema global de dorsais oceânicas, e como é o caso de todas as dorsais oceânicas, crê-se que a sua formação fique a dever-se a um limite divergente entre placas tectònicas: a placa Norte-Americana e a placa Euroasiática no Atlântico Norte e a plava Sul-Americana e a placa Africana no Atlântico Sul. Estas placas encontram-se em movimento e por isso o Atlântico encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, ao ritmo de 2 a 10 cm por ano. 


Aqui apresentamos um video ilustrativo, retirado do youtube, que na nossa opinião é apropriado para o tema acima estudado

Link: http://www.youtube.com/watch?v=tFvn9AxsskA

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Notícia

Cientistas confirmam mudanças no campo magnético da Terra e no polo norte magnético

14/07/14 - Além disso, a Anomalia do Atlântico Sul está ainda mais intensa

Os primeiros resultados dos três satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) revelam as mais recentes mudanças no campo magnético que protege o nosso planeta

Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo magnético da Terra, com as quedas mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental. Já em outras áreas, como a região sul do Oceano Índico, o campo magnético tem se fortalecido.

As últimas medições confirmam também o movimento do polo norte magnético para a Sibéria.

Estas modificações são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra. Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados sobre os grandes contribuidores do campo magnético terrestre, como o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera.

O campo magnético é fraco por aqui

Dados de junho de 2014 mostram intensidade do campo magnético da superfície da Terra.
Créditos: ESA / DTU Space

A região do Brasil que é mostrada em azul no mapa, representa a Anomalia do Atlântico Sul(AMAS). Essa anomalia ocorre devido a uma depressão ou achatamento nas linhas do campo magnético da Terra acima dessa região. A AMAS foi descoberta em 1958, e sofre alterações frequentemente.

Por conta do campo magnético ser mais fraco na região em azul (acima do Brasil), partículas carregadas aproximam-se mais da alta atmosfera dessa região, e por conta disso, os níveis de radiação são mais elevados nesse perímetro.

Na superfície os efeitos são insignificantes, segundo os cientistas. Já em grandes altitudes, a Anomalia do Atlântico Sul causa efeitos radioativos em satélites e espaçonaves.

Os satélites que passam acima do Brasil, principalmente acima da região sudeste do país, enfrentamfortes rajadas de radiação cósmica, e por isso, necessitam de proteções especiais.


Satélites Swarm (conhecidos como constelação Swarm) orbitando a Terra.
Créditos: ESA / AOES Medialab


http://www.galeriadometeorito.com/2014/07/cientistas-confirmam-mudancas-no-campo-magnetico-polo-norte-magnetico-terra.html#.VGPOd5-unwk

sábado, 8 de novembro de 2014

Campo magnético terrestre


Assim como a maior parte dos planetas do sistema solar, a Terra também apresenta um campo magnético natural.
O campo magnético é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússula. Este está deslocado em relação aos pólos geográficos e a sua posição vai variando ao longo do tempo.

O campo magnético terrestre apresenta variações de um curto período de tempo (dia ,mês, ano) que podem fazer variar os valores da intensidade, declinação e inclinação magnética.
As variações do campo magnético efectuadas num dado local podem apresentar grandes desvios, originando assim uma anomalia.

  • Se a anomalia apresentar um valor maior que o valor médio da região , trata-se de uma anomalia positiva.
  • Se a anomalia apresentar um valor menor que o valor médio da região , trata-se de uma anomalia negativa.

www.netxplica.com

Paleomagnetismo - determina a direção do vetor do campo geomagnético existente na altura da formação de uma determinada rocha cujos minerais são sensíveis a esse campo magnético.

Bernard Brunhes e Motonari Matuyama (estudiosos do sampo magnético terrestre) reconheceram a existência de rochas pertencentes a 2 grupos ,tendo em conta o seu paleomagnetismo .
Um dos grupos de rochas dos fundos oceânicos apresentava polaridade normal, ou seja os minerais magnéticos da rocha tinham uma magnetização semelhante à do campo magnético atual da Terra.
O outro grupo apresentava polaridade inversa , pois apresentava um alinhamento oposto ao que seria produzido pelo campo magnético atual da Terra.

Geologia 12: Tectónica de placas

Com isto, admite-se que ao longo do tempo geológico ocorrem inversões de polaridade, ou seja, uma direção de magnetização oposta à que atualmente é induzida pelo campo magnético terrestre.
Admite-se também que os fundos oceânicos apresentam assim um padrão de anomalias magnéticas simétricas em relação às cristas oceânicas. Estas anomalias são marcadas por bandas, apresentando uma magnetização normal e inversa, com idades crescentes a partir das cristas dos riftes.

www.brasilescola.com

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Arte da Fotografia - É importante?

Na Geologia, a fotografia é também um tópico bastante importante a salientar. É necessário para os geológos que estes tenham um objeto á mão que seja capaz de captar o momento pretendido. Mas não é assim tão simples, não basta tirar uma foto com uma máquina dita "normal" ou uma câmera de telemóvel, é importante que a máquina tenha umas quantas características capazes de captar a imagem o mais real possível, e quanto melhor a máquina, mais aproximada da realidade fica a fotografia, quase como se estivessemos realmente lá a presenciar o momento.

Fica então aqui uma curiosidade: fotografias de algumas maravilhas geológicas não muito conhecidas.

Acidente geográfico de Danxia (China)



Poço Encantado – Chapada Diamantina (Brasil)



Wulingyuan, Hunan (China)



Estas são paisagens que na minha opinião são magníficas e não tão conhecidas, mas o facto de poderem ser captadas em imagem com tão boa qualidade mostra-nos que a fotografia é de facto também importante no ramo da Geologia, permite-nos presenciar o momento mesmo não estando lá.
Imagens retiradas de: http://hypescience.com/10-maravilhas-geologicas-que-muita-gente-desconhece/