terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Portela e Bangaeira consumidas pela lava do vulcão

Portela e Bangaeira foram apagadas do mapa pela lava que jorra há 15 dias dos vários cones vulcânicos de Chã das Caldeiras, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
NICOLAU CENTEIO/EPA                                                                   Bangaeira coberta de lava


Segundo Aleida Monteiro, do gabinete de comunicação governamental de Cabo Verde, que se encontra em São Filipe, a principal cidade da ilha, a lava, após descer de Portela para Bangaeira em quatro frentes, unificou-se e criou uma nova frente, de 300 metros de largura, que segue tendencialmente em direção a Monte Velha, a norte.


"Não se sabe se se irá desviar ou não de Monte Velha. Tendencialmente, parece seguir nessa direção, mas nunca se sabe", explicou a assessora, adiantando que a velocidade da torrente de lava "intensificou-se consideravelmente" nas últimas horas, sobretudo por o terreno ser agora ligeiramente inclinado e sem obstáculos pela frente.

Todo o casario de Bangaeira está rodeado pela lava e, em Portela, permanecem de pé as paredes da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras, que, nas palavras de Aleida Monteiro, está "ilhada", uma vez que a torrente entrou pelas traseiras do edifício e parou e, na parte da frente, estancou a poucos metros da entrada principal.

Se Monte Velha for atingida pela lava, a torrente ganhará novamente velocidade, dado o elevado desnível, tendo pela frente as pequenas localidades de Pai António, Feijoal e Fonsaco, que "muram" a segunda maior cidade da ilha do Fogo, Mosteiros, igualmente sede de concelho, já junto ao mar.

No entanto, tudo vai depender das inclinações no terreno, uma vez que haverá a possibilidade de a lava poder seguir para oeste e lançar-se em direção a Corvo, Achada Grande e Relva.

"Mas tudo é ainda muito incerto", insistiu Aleida Monteiro, que adiantou que a equipa de especialistas está a monitorizar, minuto a minuto, a atividade eruptiva e a direção da lava, havendo dois postos de observação no terreno.

A ministra da Administração Interna, Marisa Morais, que se encontra desde quarta-feira no Fogo a acompanhar a evolução da lava e do vulcão, vai prolongar por mais alguns dias a estada, acrescentou Aleida Monteiro, indicando que, às 07.00 horas desta segunda-feira, será feito um novo ponto de situação.

A população de Portela e de Bangaeira, estimada em cerca de 1500 habitantes, foi evacuada ao longo da primeira semana de atividade vulcânica, não havendo, até ao momento, qualquer vítima.

Desde sábado à tarde que se intensificou a lava saída dos vários cones vulcânicos de Chã das Caldeiras, o planalto que serve de "base" aos vários cones vulcânicos no "coração" da conhecida também por "Ilha do Vulcão".

Notícia e imagem retirada integralmente da notícia postada no dia 08/12/2014 pelas 00:19 horas do Jornal de Notícias no seu respetivo website.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Fotógrafos por um dia

Como foi aqui postado anteriormente, a fotografia é um tópico muito importante relativamente á Geologia. Foi-nos pedido então pelo professor que tirássemos uma(s) foto(s) macro, HDR, panorâmica e com a regra dos terços. As fotos a seguir postadas foram todas tiradas por nós, por isso certifiquem-se de dar os devidos créditos se quiserem utilizá-las para outros fins.

Panorâmica

A fotografia panorâmica, também conhecida como fotografia de grande formato, é uma técnica especial que reúne múltiplas imagens em conjunto a partir da mesma câmera. O objetivo é formar uma fotografia única e abrangente (vertical ou horizontal).
O termo “panorama” significa literalmente “tudo à vista” (em tradução do grego).

 


 Local: Suiça 

Macro

A Fotografia MACRO é a fotografia de pequenos seres e objectos ou detalhes que normalmente passam despercebidos no nosso dia-a-dia;são fotografados no seu tamanho natural ou levemente aumentados através de aproximação da câmera ou fazendo uso de acessórios destinados a este tipo de fotografia; as macrofotografias são exibidas em tamanho bastante ampliado para maior impacto visual.






HDR

O alcance dinâmico é, basicamente, a quantidade de luz de diferentes intensidades que nossa câmera consegue registrar. O alcance dinâmico depende do formato de gravação do arquivo (os arquivos RAW tem vantagem aí) e também depende do próprio sensor da sua câmera. Mas mesmo fotografando em RAW ou com uma câmera fantástica tem momentos em que somente usando a técnica de HDR é possível captar cenas com intensidades de luz muito diferentes.É usando essa teoria que criamos as tais das fotografias HDR: juntamos fotos com um alcance dinâmico pequeno, usando diversas exposições, para criar imagens com um alcance dinâmico gigantesco e mais parecido com o que vemos com nossos olhos.
Assim chegamos a um resultado de uma imagem com muita, mas muita, informação de luminosidade. E isso nos faz poder criar fotos super interessantes.
                                                                     

 Sem HDR


Com HDR


 Foto original

Foto modificada com o programa EasyHDR

Regra dos terços

A regra dos terços é um exercício visual onde o fotógrafo olha pelo visor ou ecrã para o cenário que quer fotografar e divide-o, mentalmente, em três terços verticais e horizontais para obter um total de nove quadrados. Graças a esta grelha virtual, as quatro esquinas do quadrado central revelam quatro pontos de interesse da imagem, ou seja, serão nestas zonas que deve posicionar os elementos mais atraentes a fotografar. Em adição, as quatro linhas que formam esta grelha (2 horizontais, 2 verticais) são uma espécie de local de repouso para aquilo que quer focar e é sobre as próprias linhas ou então nos pontos onde cruzam que deve compor e enquadrar a fotografia.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cadeias Montanhosas de Margem

Cadeias montanhosas de margem 

Grande parte das cordilheiras do nosso planeta apresentam-se em faixas alargadas e nem sempre retilíneas. Duas das cadeias montanhosas que se destacam no nosso planeta são as Andes e os Himalaias. 
Ambas as cadeias montanhosas , são cadeias típicas de margens onde se verifica a colisão de placas tectónicas com predominância de esforços compressivos e algumas destas cadeias que bordejam certas margens continentais ativas correspondem a distintas situações da dinâmica da litosfera.

De acordo com os vários tipos de margem e a forma como se verifica a colisão , podemos referir como estruturas geológicas resultantes deste tipo de processo :

Cadeias de subducção

As cadeias de subducção aparecem na vertical d euma superfície de subducção, sempre que nesse local ocorram regimes compressivos. 
As superfícies , designadas por subducção ( anteriormente designadas por plano de Benioff ou de Wadati-Benioff) , são hoje muito importantes para determinar com precisão o perfil da placa que penetra no manto. 
O pendor da superfície de subducção depende de vários fatores, da espessura e da densidade da litosfera e da idade. Quanto maior for a idade, mais espessa , mais densa e mais fria é a litosfera. Então existem subducções de elevado pensor (superior ou igual a 30º ) que originam na superfície cavalgante estruturas de distensão com fenómenos de magmatismo associados ; e existem subducções de baixo pendor ( 1º a 10º ) que originam na placa superior estruturas de compressão, mas sem fenómenos de magmatismo.

Ex : Andes 
Andes: cadeia montanhosa resultante de processos de subducção

Cadeias de obducção

Basicamente o fenómeno designado por obducção é o contrário de fenómeno designado po subducção, ou seja, ao contrário do que acontece nas cadeias de subducção em que a litosfera com maior densidade afunda sob a litosfera menos densa , nas cadeias de obducção é a litosfera oceânica sobre o material de natureza continental
, portanto a litosfera oceânica cavalga um bordo continental. 

Ex: Omã

                                            

Cadeias de colisão

As montanhas são manifestações da atividade tectónica , causada direta ou indiretamente pelo movimento das placas. Quanto mais recente for a atividade que está na origem da edificação destes relevos, mais altas serão provavelmente estas montanhas, uma vez que os fenómenos de meteorização e erosão não foram suficientes para as desgastar, diminuindo significativamente o seu relevo.
A origem deste tipo de cadeias tem geralmente associado ao seu processo de evolução dois estádios principais : inicialmente o desaparecimento do domínio oceânico e posteriormente a colisão entre as duas margens continentais. 


Ex : Himalaias 
Cadeia montanhosa resultante de processos de colisão



Dinâmica Geológica

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Cadeias Montanhosas Intracontinentais

Este tipo de cadeias montanhosas aparece na superfície da litosfera continental, quando esta fica sujeita a esforços compressivos. Podem aparecer sob a forma de cadeias autónomas no seio de uma plataforma, correspondendo, por exemplo, um caso de um simples arqueamento dessa plataforma. A maioria das cadeias incluídas nesta categoria situa-se ao nível de um acidente tectónico preexistente que represente uma zona perticular de fragilidade, como falhas, zonas transformantes ou fossas de afundimento.

Como se formaram os Pirineus?

Os Pirinéus são um dos exemplos de cadeias montanhosas intracontinenais face á persistência de regimes compressivos resultante da colisão de placas tectónicas. Esta cadeia tem cerca de 400 km de comprimento e 50 km a 100 km de largura, e estabelecendo a fronteira entre a Península Ibérica e o resto da Europa.
  • Começou com um movimento de Rifting, (abertura do golfo da Biscaía), com uma rotura continental e o afastamento entre a Península Ibérica e a França. 
  • De seguida hou-se um movimento de rotação, que permitiu a divergencia entre a Península Ibérica e a França.
  • E finalmente a colisão, com o dobramento pirenaico devido á convergência entre a Peninsula Ibérica e a Europa.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ciclo de Wilson

O ciclo de Wilson é um ciclo de formação, desenvolvimento e fechamento de um oceano. Este ciclo está relacionado com a teoria da tectónica de placas e com a formação de cordilheiras - resumindo tudo o que sucede nos limites construtivos e destrutivos da litosfera.

Assim, primeiramente o continente fragmenta-se por acção de pontos quentes (Hotspots), que elevam e adelgaçam a crusta até esta sofrer ruptura, originando um rift continental (como o rift africano). De seguida, na área de ruptura começa a formar-se crusta oceânica (limite construtivo) que separa os fragmentos continentais. Se o processo continua o rift é invadido por mar e vai-se transformando numa Dorsal Oceânica. Os continentes ficam assim separados por uma pequena bacia oceânica (como o Mar Vermelho). O processo continua e os continentes separam-se progressivamente. Entre eles aparece uma bacia oceânica ampla com uma dorsal bem desenvolvida (como o Oceano Atlântico). Quando a bacia oceânica alcança um certo tamanho e é suficientemente antiga, as margens de contacto com os fragmentos continentais, mais frios e densos, começam a ‘mergulhar’ (processo de Subducção) sob os continentes, formando-se um limite destrutivo. Nesta área forma-se uma Cadeia Montanhosa (como os Andes). De seguida, a bacia oceânica vai-se estreitando (como o Mar Mediterrâneo). Ao desaparecer a bacia oceânica, as duas massas continentais chocam (processo de Obducção) e origina-se um continente único (supercontinente Pangea). Sobre a sutura que fecha o oceano forma-se uma cordilheira (como os Himalayas). Este processo ocorreu várias vezes ao longo da história da Terra e tem uma duração de aproximadamente 250 milhões de anos.


Imagem retirada de: 4esoiesvilladevallecas10-11.blogspot.com

Atualmente encontramo-nos na orogenia denominada "alpina", que terminará como foi em cima dito com a formação de um supercontinente. 

E vocês? Gostariam de presenciar o momento em que se vai formar novamente um supercontinente? 


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Riftes Continentais

Existe um processo que permite compensar a destruição da litosfera oceânica que ocorre nas zonas de subducção. Este processo consiste na abertura de riftes continentais (rifting).

Sob o efeito de uma distensão (estiramento) brutal da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes.

Se os esforços distensivos continuarem e o estiramento se prolongar, a crusta continental fica cada vez mais fina, sendo injectada com materiais básicos com proveniência no manto superior, agora mais próximo da superfície, formando-se um tipo de crusta oceânica que vai progressivamente substituir a crusta continental.

Nestes locais, origina-se um bloco central, denominando-se fossa tectónica, limitado por estas falhas normais, que abate quando se verifica a divergência entre placas litosféricas.

Imagem retirada de: http://academic.emporia.edu/

Se o processo distensivo continuar a actuar, a fissura crustal alarga-se, originando um golfo oceânico, o que implica acreção oceânica, formando-se, uma dorsal oceânica.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dorsais oceânicas


As dorsais oceânicas são grandes cadeias montanhosas submersas no oceano originadas pelo afastamento das placas tectónicas (movimentos divergentes), que se deve ás correntes de convecção do magma e são marcadas por forte intensidade sísmica e vulcânica. Ao contrário das cadeias continentais, a dorsal atlântica é isenta de deformações e composta por basaltos, que são o foco da expansão do assoalho oceânico. A sua área é tão grande, que se não estivesse abaixo do nível do mar, seria um dos maiores fenómenos naturais vistos do espaço.

Morfologia das dorsais meso-oceânicas
Imagem retirada de: notapositiva.com

Aqui temos um exemplo da dorsal meso-oceânica (também designada por dorsal meso-atlântica) entre a America do Sul (esquerda) e África (direita)
Imagem retirada de: http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/

A dorsal meso-atlântica faz parte do sistema global de dorsais oceânicas, e como é o caso de todas as dorsais oceânicas, crê-se que a sua formação fique a dever-se a um limite divergente entre placas tectònicas: a placa Norte-Americana e a placa Euroasiática no Atlântico Norte e a plava Sul-Americana e a placa Africana no Atlântico Sul. Estas placas encontram-se em movimento e por isso o Atlântico encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, ao ritmo de 2 a 10 cm por ano. 


Aqui apresentamos um video ilustrativo, retirado do youtube, que na nossa opinião é apropriado para o tema acima estudado

Link: http://www.youtube.com/watch?v=tFvn9AxsskA

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Notícia

Cientistas confirmam mudanças no campo magnético da Terra e no polo norte magnético

14/07/14 - Além disso, a Anomalia do Atlântico Sul está ainda mais intensa

Os primeiros resultados dos três satélites Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA) revelam as mais recentes mudanças no campo magnético que protege o nosso planeta

Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo magnético da Terra, com as quedas mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental. Já em outras áreas, como a região sul do Oceano Índico, o campo magnético tem se fortalecido.

As últimas medições confirmam também o movimento do polo norte magnético para a Sibéria.

Estas modificações são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra. Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados sobre os grandes contribuidores do campo magnético terrestre, como o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera.

O campo magnético é fraco por aqui

Dados de junho de 2014 mostram intensidade do campo magnético da superfície da Terra.
Créditos: ESA / DTU Space

A região do Brasil que é mostrada em azul no mapa, representa a Anomalia do Atlântico Sul(AMAS). Essa anomalia ocorre devido a uma depressão ou achatamento nas linhas do campo magnético da Terra acima dessa região. A AMAS foi descoberta em 1958, e sofre alterações frequentemente.

Por conta do campo magnético ser mais fraco na região em azul (acima do Brasil), partículas carregadas aproximam-se mais da alta atmosfera dessa região, e por conta disso, os níveis de radiação são mais elevados nesse perímetro.

Na superfície os efeitos são insignificantes, segundo os cientistas. Já em grandes altitudes, a Anomalia do Atlântico Sul causa efeitos radioativos em satélites e espaçonaves.

Os satélites que passam acima do Brasil, principalmente acima da região sudeste do país, enfrentamfortes rajadas de radiação cósmica, e por isso, necessitam de proteções especiais.


Satélites Swarm (conhecidos como constelação Swarm) orbitando a Terra.
Créditos: ESA / AOES Medialab


http://www.galeriadometeorito.com/2014/07/cientistas-confirmam-mudancas-no-campo-magnetico-polo-norte-magnetico-terra.html#.VGPOd5-unwk

sábado, 8 de novembro de 2014

Campo magnético terrestre


Assim como a maior parte dos planetas do sistema solar, a Terra também apresenta um campo magnético natural.
O campo magnético é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússula. Este está deslocado em relação aos pólos geográficos e a sua posição vai variando ao longo do tempo.

O campo magnético terrestre apresenta variações de um curto período de tempo (dia ,mês, ano) que podem fazer variar os valores da intensidade, declinação e inclinação magnética.
As variações do campo magnético efectuadas num dado local podem apresentar grandes desvios, originando assim uma anomalia.

  • Se a anomalia apresentar um valor maior que o valor médio da região , trata-se de uma anomalia positiva.
  • Se a anomalia apresentar um valor menor que o valor médio da região , trata-se de uma anomalia negativa.

www.netxplica.com

Paleomagnetismo - determina a direção do vetor do campo geomagnético existente na altura da formação de uma determinada rocha cujos minerais são sensíveis a esse campo magnético.

Bernard Brunhes e Motonari Matuyama (estudiosos do sampo magnético terrestre) reconheceram a existência de rochas pertencentes a 2 grupos ,tendo em conta o seu paleomagnetismo .
Um dos grupos de rochas dos fundos oceânicos apresentava polaridade normal, ou seja os minerais magnéticos da rocha tinham uma magnetização semelhante à do campo magnético atual da Terra.
O outro grupo apresentava polaridade inversa , pois apresentava um alinhamento oposto ao que seria produzido pelo campo magnético atual da Terra.

Geologia 12: Tectónica de placas

Com isto, admite-se que ao longo do tempo geológico ocorrem inversões de polaridade, ou seja, uma direção de magnetização oposta à que atualmente é induzida pelo campo magnético terrestre.
Admite-se também que os fundos oceânicos apresentam assim um padrão de anomalias magnéticas simétricas em relação às cristas oceânicas. Estas anomalias são marcadas por bandas, apresentando uma magnetização normal e inversa, com idades crescentes a partir das cristas dos riftes.

www.brasilescola.com

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Arte da Fotografia - É importante?

Na Geologia, a fotografia é também um tópico bastante importante a salientar. É necessário para os geológos que estes tenham um objeto á mão que seja capaz de captar o momento pretendido. Mas não é assim tão simples, não basta tirar uma foto com uma máquina dita "normal" ou uma câmera de telemóvel, é importante que a máquina tenha umas quantas características capazes de captar a imagem o mais real possível, e quanto melhor a máquina, mais aproximada da realidade fica a fotografia, quase como se estivessemos realmente lá a presenciar o momento.

Fica então aqui uma curiosidade: fotografias de algumas maravilhas geológicas não muito conhecidas.

Acidente geográfico de Danxia (China)



Poço Encantado – Chapada Diamantina (Brasil)



Wulingyuan, Hunan (China)



Estas são paisagens que na minha opinião são magníficas e não tão conhecidas, mas o facto de poderem ser captadas em imagem com tão boa qualidade mostra-nos que a fotografia é de facto também importante no ramo da Geologia, permite-nos presenciar o momento mesmo não estando lá.
Imagens retiradas de: http://hypescience.com/10-maravilhas-geologicas-que-muita-gente-desconhece/

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Teoria da Tectónica de Placas

Depois da morte de Wegener (e mesmo enquanto era vivo) a sua teoria não foi aceite por pela maior parte da comunidade científica da altura. O contracionismo* e o permanentismo* explicavam de forma mais clara os fenómenos geológicos observados e a teoria proposta por Wegener não conseguia explicar nem identificar o mecanismo responsável pelo movimento dos continentes acabando por ser esquecida por grande parte dos geólogos.

Mas mais tarde, com a 2º Guerra Mundial surgem novos avanços tecnológicos, foram desenvolvidas novas técnicas de observação dos fundos oceânicos que até aí se pensava terem uma superfície lisa. Foram então aplicados novos métodos e técnicas de estudo para melhor conhecer o fundo do oceano, de salientar o sonar.

Desenvolveram-se então tecnologias cada vez mais sofisticadas que levou a um mais vasto conhecimento das zonas que até então pareciam ser inacessíveis, o que permitiu que a teoria de Wegener fosse agora vista com outros olhos e que fosse vista como uma hipótese para explicar o dinamismo do planeta Terra.


Imagem relativa á estrutura dos fundos oceânicos.


A Teoria da Tectónica de Placas introduz assim um novo modelo conceptual que fornece á Geologia uma visão integrada da dinâmica do Globo. Segundo este modelo, a superfície da Terra está dividida numa série de placas rígidas e relativamente poucos espessas que, ao movimentarem-se, provocam atrito entre si e nas suas margens, ou seja, nos limites destas placas apresentam grande actividade geológica, sendo locais privilegiados para a ocorrência de sismos e fenómenos vulcânicos, bem como zonas onde pode ocorrer a formação de montanhas.

Segundo este modelo, a litosfera oceânica é gerada ao nível das grandes dorsais médio-oceânicas, registando os materiais constituintes desta zona do Globo o campo magnético existente na altura. Ao ser criada a nova litosfera, esta é "arrastada" lateralmente a partir dos riftes. Esta camada, ao arrefecer, vai aumentar a sua densidade e espessura, acabando mais tarde por ser reabsorvida para o interior da Terra ao nível das zonas de subducção.

A causa do movimentos dessas placas localizadas na litosfera são as correntes de conveção, proveninentes do calor interno da Terra.


Contracionismo*- Teoria que defende o arrefecimento e contração da Terra como o mecanismo que está na origem do relevo terrestre (dobramentos e cadeiras montanhosas.)

Permanentismo*- Teoria que defende que os continentes e oceanos permanem estáveis (mesma forma e posição) desde o momento da sua formação.


Pode então dizer-se que os argumentos que apoiam a Teoria da Deriva Continental apoiam também a Teoria das Tectónica de Placas, mas nem todos os argumentos que apoiam a Teoria da Tectónica de Placas apoiam a Teoria da Deriva Continental, pois na altura em que essa foi proposta por Wegener não era conhecida a morfologia dos fundos oceânicos.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Teoria da Deriva Dos Continentes

Há momentos na nossa vida, principalmente em jovens como nós, em que nos perguntamos como terá surgido a Terra, como esta se formou, e existem várias teorias mas, como é óbvio, essa pergunta pondera sempre na nossa cabeça. A Terra formou-se á cerca de 4,6 mil milhões de anos e portanto, encontrarmos a resposta para essa questão, que já aconteceu há tanto tempo, parece um pouco absurda. Portanto decidimos avançar um pouco no tempo e perguntar-nos como surgiram e evoluíram os continentes e oceanos. Estudamos portanto várias teorias de vários geólogos que estes propuseram para explicar a dinâmica da Terra como a formação de montanhas, vulcanismo, sismologia e outros fenómenos associados, sendo que o mais aceite na altura era o de Abraham Wernes, apoiando o catastrofismo.





Daí mais teorias surgiram, o que nos leva a Alfred Wegener, com a teoria da deriva dos continentes, que é agora uma das mais estudadas e mais aceites.

Esta teoria diz-nos que no passado os continentes atuais estavam unidos num único super continente, a Pangea, rodeado por um único oceano, Pantalassa. Estes blocos continentais, no decurso do tempo geológico ter-se-iam movimentado até ficarem nas posições atuais.
Esta teoria responde também á questão da formação das montanhas que, segundo Wegener, resultavam de "colisões" entre as diferentes massas continentais.

Imagem retirada de: http://menrvatemplodosaber.blogspot.pt/



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Apresentação


No âmbito da disciplina de Geologia foi-nos pedido que fizéssemos um blog e que ao longo das semanas fossemos publicando informações sobre a matéria dada na aula e uma opinião nossa sobre as mesmas. O nosso objetivo é conseguir um blog bem estruturado, com informações corretas e abrangentes que agradem os nossos visitantes (incluindo o nosso professor!) e que ajude qualquer pessoa que tenha dúvidas acerca de algum subtema da Geologia. 

Obrigada pela visita e esperemos que gostem! 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"Não há vestígio de um princípio nem previsão de um fim" 


                                                                 James Hutton, Teoria sobre a Terra,1785
                                                                                           Livro de Geologia 12º ano