terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Portela e Bangaeira consumidas pela lava do vulcão

Portela e Bangaeira foram apagadas do mapa pela lava que jorra há 15 dias dos vários cones vulcânicos de Chã das Caldeiras, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
NICOLAU CENTEIO/EPA                                                                   Bangaeira coberta de lava


Segundo Aleida Monteiro, do gabinete de comunicação governamental de Cabo Verde, que se encontra em São Filipe, a principal cidade da ilha, a lava, após descer de Portela para Bangaeira em quatro frentes, unificou-se e criou uma nova frente, de 300 metros de largura, que segue tendencialmente em direção a Monte Velha, a norte.


"Não se sabe se se irá desviar ou não de Monte Velha. Tendencialmente, parece seguir nessa direção, mas nunca se sabe", explicou a assessora, adiantando que a velocidade da torrente de lava "intensificou-se consideravelmente" nas últimas horas, sobretudo por o terreno ser agora ligeiramente inclinado e sem obstáculos pela frente.

Todo o casario de Bangaeira está rodeado pela lava e, em Portela, permanecem de pé as paredes da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras, que, nas palavras de Aleida Monteiro, está "ilhada", uma vez que a torrente entrou pelas traseiras do edifício e parou e, na parte da frente, estancou a poucos metros da entrada principal.

Se Monte Velha for atingida pela lava, a torrente ganhará novamente velocidade, dado o elevado desnível, tendo pela frente as pequenas localidades de Pai António, Feijoal e Fonsaco, que "muram" a segunda maior cidade da ilha do Fogo, Mosteiros, igualmente sede de concelho, já junto ao mar.

No entanto, tudo vai depender das inclinações no terreno, uma vez que haverá a possibilidade de a lava poder seguir para oeste e lançar-se em direção a Corvo, Achada Grande e Relva.

"Mas tudo é ainda muito incerto", insistiu Aleida Monteiro, que adiantou que a equipa de especialistas está a monitorizar, minuto a minuto, a atividade eruptiva e a direção da lava, havendo dois postos de observação no terreno.

A ministra da Administração Interna, Marisa Morais, que se encontra desde quarta-feira no Fogo a acompanhar a evolução da lava e do vulcão, vai prolongar por mais alguns dias a estada, acrescentou Aleida Monteiro, indicando que, às 07.00 horas desta segunda-feira, será feito um novo ponto de situação.

A população de Portela e de Bangaeira, estimada em cerca de 1500 habitantes, foi evacuada ao longo da primeira semana de atividade vulcânica, não havendo, até ao momento, qualquer vítima.

Desde sábado à tarde que se intensificou a lava saída dos vários cones vulcânicos de Chã das Caldeiras, o planalto que serve de "base" aos vários cones vulcânicos no "coração" da conhecida também por "Ilha do Vulcão".

Notícia e imagem retirada integralmente da notícia postada no dia 08/12/2014 pelas 00:19 horas do Jornal de Notícias no seu respetivo website.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Fotógrafos por um dia

Como foi aqui postado anteriormente, a fotografia é um tópico muito importante relativamente á Geologia. Foi-nos pedido então pelo professor que tirássemos uma(s) foto(s) macro, HDR, panorâmica e com a regra dos terços. As fotos a seguir postadas foram todas tiradas por nós, por isso certifiquem-se de dar os devidos créditos se quiserem utilizá-las para outros fins.

Panorâmica

A fotografia panorâmica, também conhecida como fotografia de grande formato, é uma técnica especial que reúne múltiplas imagens em conjunto a partir da mesma câmera. O objetivo é formar uma fotografia única e abrangente (vertical ou horizontal).
O termo “panorama” significa literalmente “tudo à vista” (em tradução do grego).

 


 Local: Suiça 

Macro

A Fotografia MACRO é a fotografia de pequenos seres e objectos ou detalhes que normalmente passam despercebidos no nosso dia-a-dia;são fotografados no seu tamanho natural ou levemente aumentados através de aproximação da câmera ou fazendo uso de acessórios destinados a este tipo de fotografia; as macrofotografias são exibidas em tamanho bastante ampliado para maior impacto visual.






HDR

O alcance dinâmico é, basicamente, a quantidade de luz de diferentes intensidades que nossa câmera consegue registrar. O alcance dinâmico depende do formato de gravação do arquivo (os arquivos RAW tem vantagem aí) e também depende do próprio sensor da sua câmera. Mas mesmo fotografando em RAW ou com uma câmera fantástica tem momentos em que somente usando a técnica de HDR é possível captar cenas com intensidades de luz muito diferentes.É usando essa teoria que criamos as tais das fotografias HDR: juntamos fotos com um alcance dinâmico pequeno, usando diversas exposições, para criar imagens com um alcance dinâmico gigantesco e mais parecido com o que vemos com nossos olhos.
Assim chegamos a um resultado de uma imagem com muita, mas muita, informação de luminosidade. E isso nos faz poder criar fotos super interessantes.
                                                                     

 Sem HDR


Com HDR


 Foto original

Foto modificada com o programa EasyHDR

Regra dos terços

A regra dos terços é um exercício visual onde o fotógrafo olha pelo visor ou ecrã para o cenário que quer fotografar e divide-o, mentalmente, em três terços verticais e horizontais para obter um total de nove quadrados. Graças a esta grelha virtual, as quatro esquinas do quadrado central revelam quatro pontos de interesse da imagem, ou seja, serão nestas zonas que deve posicionar os elementos mais atraentes a fotografar. Em adição, as quatro linhas que formam esta grelha (2 horizontais, 2 verticais) são uma espécie de local de repouso para aquilo que quer focar e é sobre as próprias linhas ou então nos pontos onde cruzam que deve compor e enquadrar a fotografia.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cadeias Montanhosas de Margem

Cadeias montanhosas de margem 

Grande parte das cordilheiras do nosso planeta apresentam-se em faixas alargadas e nem sempre retilíneas. Duas das cadeias montanhosas que se destacam no nosso planeta são as Andes e os Himalaias. 
Ambas as cadeias montanhosas , são cadeias típicas de margens onde se verifica a colisão de placas tectónicas com predominância de esforços compressivos e algumas destas cadeias que bordejam certas margens continentais ativas correspondem a distintas situações da dinâmica da litosfera.

De acordo com os vários tipos de margem e a forma como se verifica a colisão , podemos referir como estruturas geológicas resultantes deste tipo de processo :

Cadeias de subducção

As cadeias de subducção aparecem na vertical d euma superfície de subducção, sempre que nesse local ocorram regimes compressivos. 
As superfícies , designadas por subducção ( anteriormente designadas por plano de Benioff ou de Wadati-Benioff) , são hoje muito importantes para determinar com precisão o perfil da placa que penetra no manto. 
O pendor da superfície de subducção depende de vários fatores, da espessura e da densidade da litosfera e da idade. Quanto maior for a idade, mais espessa , mais densa e mais fria é a litosfera. Então existem subducções de elevado pensor (superior ou igual a 30º ) que originam na superfície cavalgante estruturas de distensão com fenómenos de magmatismo associados ; e existem subducções de baixo pendor ( 1º a 10º ) que originam na placa superior estruturas de compressão, mas sem fenómenos de magmatismo.

Ex : Andes 
Andes: cadeia montanhosa resultante de processos de subducção

Cadeias de obducção

Basicamente o fenómeno designado por obducção é o contrário de fenómeno designado po subducção, ou seja, ao contrário do que acontece nas cadeias de subducção em que a litosfera com maior densidade afunda sob a litosfera menos densa , nas cadeias de obducção é a litosfera oceânica sobre o material de natureza continental
, portanto a litosfera oceânica cavalga um bordo continental. 

Ex: Omã

                                            

Cadeias de colisão

As montanhas são manifestações da atividade tectónica , causada direta ou indiretamente pelo movimento das placas. Quanto mais recente for a atividade que está na origem da edificação destes relevos, mais altas serão provavelmente estas montanhas, uma vez que os fenómenos de meteorização e erosão não foram suficientes para as desgastar, diminuindo significativamente o seu relevo.
A origem deste tipo de cadeias tem geralmente associado ao seu processo de evolução dois estádios principais : inicialmente o desaparecimento do domínio oceânico e posteriormente a colisão entre as duas margens continentais. 


Ex : Himalaias 
Cadeia montanhosa resultante de processos de colisão



Dinâmica Geológica